Publicado no jornal A Notícia
Esta sexta-feira, 21 de junho, marca o Dia Nacional da Prevenção à Asma, uma das doenças crônicas mais comuns das vias aéreas e que acomete mais de 20 milhões de brasileiros. Não por acaso, também nesta data tem início o inverno, estação mais propícia para o surgimento de problemas respiratórios devido ao clima frio e seco. A união desses fatores é um dos facilitadores das crises asmáticas, ocasionadas pela inflamação dos brônquios e redução da passagem de ar aos pulmões.
Tanto fatores ambientais como genéticos podem gerar ou agravar a Asma. Dentre as condições ambientais, por exemplo, estão a exposição à poeira, ácaros e fungos, além das variações climáticas e infecções virais. Já os fatores genéticos envolvem histórico familiar, rinite e outras alergias.
Em Joinville, conforme a médica pneumologista do Hospital Dona Helena, Carla Bartuscheck, o ambiente é oportuno para que a asma seja desencadeada. Isto por conta das condições climáticas da região – úmida e chuvosa – e também pela questão da exposição aos poluentes, principalmente em função das indústrias.
“Nessas condições, as pessoas têm mais propensão a ter doenças respiratórias”, avalia.
A asma também não escolhe público e apesar de ter uma maior incidência na infância, dos quatro aos dez anos de idade, também pode aparecer na fase adulta, a partir dos 20 anos. Seja desencadeada por um processo infeccioso (incluindo idosos), seja por predisposição latente e que se desenvolve após um processo de infecção ou stress.
Tanto a questão emocional quanto física podem ter despertado a asma na joinvilense Beatriz Scherer Zopellaro, de 13 anos, acredita a família da adolescente. Ela apresentou os sintomas há cerca de um ano, quando seus pais decidiram investigar o que se tratava com auxílio médico. Segundo o pai dela, Rosemiro Zopellaro, logo que o diagnóstico foi conhecido a menina passou a fazer o tratamento para prevenir as crises asmáticas e desde então faz uso da “bombinha de asma”. Outro grande aliado na recuperação tem sido o esporte.
“A Beatriz praticava natação antes de saber que tinha a doença e, inclusive, já teve crises durante as provas, mas decidiu continuar competindo. A própria atividade junto com o tratamento fizeram com que as crises reduzissem bastante, afirma o pai da adolescente, Rosemiro Zopellaro. Assim como Beatriz, quem convive com a asma consegue manter uma rotina normal. Isto porque, essa é uma doença totalmente reversível com medicamentos, sendo possível desinflamar a via área e fazer a broncodilatação (aumento do diâmetro interno dos brônquios que permite maior passagem de ar), o que possibilita que o indivíduo respire melhor. No entanto, em caso de não tratamento e agravamento da asma, a longo prazo pode haver um remodelamento e as vias áreas ficarem com uma espécie de inflamação fixa, podendo evoluir para uma doença pulmonar obstrutiva crônica sem reversão mesmo com a medicação.
A doença
Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas ou brônquios, os tubos que levam o ar aos pulmões, normalmente desencadeada por um fator genético (no qual o indivíduo já tem predisposição) ou por exposição a algum alergênico (como poluição, cigarro, ácaros ou poeira). A asma não tem cura, mas com acompanhamento médico periódico e tratamento adequado os sintomas podem melhorar e até mesmo desaparecer ao longo do tempo.
Sintomas
Os sinais mais comuns são tosse seca; dor torácica; sensação de opressão no peito; e chiado ou falta de ar. Normalmente os sintomas podem ser mais evidentes à noite e nas primeiras horas da manhã e ocorrem geralmente no período de crise, que pode ser desencadeada por conta de mudanças climáticas, exposição a alergênicos, e, para algumas pessoas que têm predisposição, os sinais podem se manifestar ainda depois de um esforço físico.
Prevenção
São fatores de controle para amenizar ou evitar a manifestação dos sintomas ações preventivas como deixar a casa bem arejada; tentar evitar se expor ao cigarro e a poluentes; evitar o tabagismo; manter o corpo bem hidratado; e seguir uma rotina saudável aliada à atividade física.
Diagnóstico
A determinação da doença geralmente se dá por meio do diagnóstico clínico, uma vez que o Raio-X normalmente não apresenta anormalidade ou alteração radiológica. Desta forma, o quadro clínico é avaliado com base nos sintomas do paciente, teste físico, e a realização de um exame de função pulmonar. Este último auxilia ainda para apontar o grau da doença (leve, moderada ou grave).
Tratamento
Medicamentoso e individualizado de acordo com as condições de cada paciente. Geralmente é feito através de medicações corticoides inaláveis via broncodilatador (bombinha da asma). O tratamento consiste em duas formas: manutenção, para evitar que as crises se desenvolvam; e resgate, para alívio rápido dos sintomas.
A “bombinha” de asma vicia. É mito
O broncodilatador de curta ação ou medicação de resgate alivia momentaneamente a falta de ar quando inalado. O que acontece, muitas vezes é que o paciente não trata a asma de maneira contínua – o que não é o correto – e necessita das bombinhas com maior frequência, mas isso nada tem a ver com “vício”.
A “bombinha” faz mal para o coração. É mito
Quando surgiram os primeiros remédios broncodilatadores para asma, eram substâncias que tinham como efeito colateral a aceleração do coração (taquicardia). Com as novas e melhores drogas e dispositivos, esse efeito foi desaparecendo.
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