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Dona Helena

Dor crônica: conheça as causas, sintomas e tratamentos

Texto de Fernanda Lima, publicado no portal Vitat, com informações do neurologista Felipe Ibiapina dos Reis, do Hospital Dona Helena

A dor crônica é uma condição médica que afeta milhares de pessoas e, muitas vezes, pode desencadear problemas psicológicos, como a depressão. Isso porque é uma dor que dura meses ou até mesmo anos, reduzindo a qualidade de vida do paciente. Entenda melhor as causas, sintomas e tratamentos.

Causas

A dor tem muitas causas diferentes. O envelhecimento normal pode afetar ossos e articulações de maneiras que causam dor, por exemplo. Danos nos nervos ou lesões que não cicatrizam adequadamente também podem causar dor. Frequentemente, a fonte da dor é tão complexa que pode ser difícil de diagnosticar. E porque existem tantos tipos e causas de dor, a variedade de diferentes tratamentos disponíveis também é muito grande.

Os principais tipos de dor

Existem várias formas de se classificar os tipos de dor. Classicamente, costuma-se dividir a dor crônica em dois tipos, de forma mais geral: a dor “nociceptiva”, ligada a uma lesão no tecido ou órgão afetado, e a dor “neuropática”, que se relaciona a alguma lesão nos nervos. Em muitos casos, não há uma explicação clara sobre os motivos da dor ainda persistir.

Sintomas

Dor crônica é uma doença debilitante com consequências muito graves para a condição física, psicológica e o comportamento. Seus portadores desenvolvem muito mais frequentemente depressão, deficiências psicomotoras, insônia, irritabilidade, lembranças e sensações de perda que muitas vezes guardam pouca relação com o quadro doloroso.

Dor aguda X dor crônica

A diferença entre dor aguda e dor crônica está na duração da dor. Assim, enquanto a dor aguda geralmente se resolve em 4 a 8 semanas, a dor crônica persiste por mais tempo.

Como é feito o diagnóstico?

A dor é uma experiência pessoal e subjetiva. Atualmente, não existe nenhum exame específico que possa medir e localizar com precisão a dor. Assim, os profissionais médicos baseiam-se nos relatos dos pacientes para descrever o tipo de dor e seu local. Por isso, o ideal é ser bastante específico na descrição da dor para que o médico possa dar as melhores indicações da causa da dor. A descrição detalhada inclui informações como se a dor é lancinante ou entorpecida, se queima ou arde, enfim, detalhes que se combinam para criar um histórico da dor e representam o primeiro passo na avaliação da dor.

Tratamentos

O tratamento depende da causa da dor. Quando não se sabe a causa, é possível utilizar várias estratégias de tratamento, que envolvem desde psicoterapia e exercícios físicos, uso de medicações ou até tratamentos mais invasivos como cirurgias e estimulação cerebral ou medular. Dessa forma, como a dor crônica pode ocorrer em vários locais do corpo e por muitas e diferentes razões, os pacientes e seus médicos precisam trabalhar juntos para identificar as suas causas e o melhor tratamento a ser adotado.

Além disso, embora a dor crônica não tenha cura, com algumas práticas – como Yoga, meditação e até tricô – é possível aprender a conviver com um nível de dor “aceitável”

Como os exercícios físicos ajudam no controle da dor crônica?

Os exercícios físicos estimulam os próprios músculos a liberarem substâncias ou mensageiros (miocinas) que regulam a condução da dor pelos nervos e também elevam os níveis de neurotransmissores nos centros da dor na medula e no cérebro, reduzindo a assim o desconforto e evitando a perpetuação da dor.

É possível prevenir a dor crônica?

Sim. Para isso, é necessário manter hábitos saudáveis, incluindo uma boa hidratação, atividade física regular, alongamentos diários, meditação, alimentação adequada, evitar uso abusivo ou frequente de analgésicos e anti-inflamatórios sem prescrição médica. Além disso, cuidados para melhora da higiene do sono são medidas comprovadamente eficazes para a prevenção das dores crônicas.

Fonte: Dr. Felipe Ibiapina dos Reis, Neurologista no Serviço de Neurologia do Hospital Dona Helena.

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